Sábado no Rena: sinais do céu?

Neste sábado, às 14h saí do curso, que é na r. Conde de Bonfim, determinada a ir para a casa descansar um pouco, já que não ando bem de saúde e depois para a minha religião... Daí, ouço um bipe no celular... Uma mensagem! "Você vai no Rena hoje?" - algum sambamante quis saber. Difícil resistir passando no meu caminho de volta para casa pela r. Maxwell, que cruza a r. Barão de São Francisco, a tal do Clube Renascença... Ou seja, sem outra saída, fui ao samba do Clube Renascença neste sábado.

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Lá encontrei Nininho que me apresentou ao Carlinhos Doutor, um dos 3 organizadores da Roda de Samba do Rena (os outros 2 são o Neco e o Sérgio da Verinha). Nossa conversa foi bastante agradável e ouvindo tudo o que a dupla ia dizendo, caí numa pergunta sem "nenhum" fundo pessoal : "Me conta: como você consegue conciliar Medicina com Samba?" Ah, sim! Não disse. Carlinhos Doutor é conhecido assim no meio do samba porque é formado em Medicina há 27 anos. Dentre tantas coisas que me contou, uma que chama atenção é o fato de já ter parado de exercer a medicina por 8 anos (84-91) para tocar com o Zeca Pagodinho. Se dizia um músico que tinha como hobbie a medicina... Mas, por conta das muitas viagens que o afastavam da família, deixou os shows que percorriam o Brasil para voltar a dedicar-se a Pediatria.

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Como ja dizia Caymmi, quem nasce e se cria no danado do samba nunca mais se separa dele. Mesmo voltando para o consultório e os plantões, Carlinhos acompanha os 21 anos de existência do Bloco Simpatia É Quase Amor, como compositor, juntamente com Noca da Portela, Roberto Medronho (este um dos fundadores do bloco, infectologista, epidemiologista e meu professor na UFRJ!!!) e Bigu (também médico), com quem já ganhou 10 vezes nas escolhas de samba do Simpatia.

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E mais para o fim da roda, Carlinhos me cutucou dizendo que tinha alguém que queria falar comigo... Era o Medronho, gente! (Meus amigos da faculdade sempre citam seu nome quando me vêem naquelas crises enlouquecedoras que exigem uma decisão entre samba e medicina: "Mas o Medronho consegue conciliar!") Um abraço gostoso! Mais conversa... Mais incentivo para eu me formar... Mais encorajamento para conciliar... Eles foram muito receptivos! Me deram seus telefones, e-mails e se colocaram à disposição tanto para a Produção Cultural em Samba quanto para a Medicina. São os sinais do céu... Gosto de acreditar nisso.

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Além deste momento agradabilíssimo do encontro dos médicos sambistas/sambistas médicos, ainda tive um papo bacana com uma supervisora de PSF em Niterói, super disposta a me ajudar, me apresentar ao Programa... E, tendo o CRM na mão, depois de prova e entrevista, até emprego posso ter em janeiro, ganhando bem, para uma recém-formada!

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Tomé, Lígia, Jorge, Gilson, Nancy e Anita dividiram os bons momentos da roda de sábado comigo! Samba é muito bom, né, gente? Até quando eu estou mal e com dor na coluna!

Neco, Carlinhos Doutor, eu e Bigu. Medronho já tinha ido embora quando tive a idéia da foto.