VIVE MELHOR QUEM SAMBA !!!

"Eu digo e até posso afirmar: vive melhor quem samba" (Candeia)

segunda-feira, 28 de março de 2005

Sintam o clima ...

Salve, salve a Família Sambamantes!!!

É neste clima de alegria que a gente se reúne, mensalmente, no
Pagode da Família Portelense,
geralmente no primeiro sábado do mês! E é assim que vai ser novamente, no próximo sábado! E olha que tá faltando é gente nessas fotos ...

domingo, 27 de março de 2005

O QUE VIER EU TRAÇO

Com o auxílio luxuoso na busca da letra de um amigo que vem se tornando cada vez mais presente em minha vida, trago para os meus queridos leitores este samba! Baby do Brasil já cantava, quando era ainda Consuelo... Marcos Sacramento marcou-me com sua bela interpretação. Depois Teresa Cristina e Áurea Martins fizeram um dueto histórico que presenciei no 8 de março. Tornei a ouvi-la neste sábado... Resultado: cá está ela! Valeu, Zé!

O que vier eu traço
(Zé Maria e Alvaiade)

Eu quando canto meu sambinha batucada
A turma fica abismada com a bossa que eu faço
Faço, não me embaraço, porque não há tempo
Marco meu contratempo dentro do compasso


Quem não tiver o ritmo na alma
Nem cantando com mais calma faz o que eu faço
Samba-canção, samba de breque e batucada
Para mim não é nada, o que vier eu traço


Não tenho veia poética
Mas canto com muita tática


Não faço questão de métrica
E nem dispenso a gramática


Não me atrapalho na música
Nem mesmo sendo sinfônica


Procuro tornar simpática
A minha voz microfônica

FELIZ PÁSCOA !!!!

FELIZ PÁSCOA A TODOS OS QUE ME SÃO CAROS!!!



Chocólotramente falando, em tempos de Páscoa, é muito mais vantajoso ganhar barras ou caixas de bombons do que o ovo propriamente, porque a relação custo benefício (leia-se quantidade de gramas!!!) varia bastante! Mas, como o simbolo, a tradição e o comércio impõem, ganhei da mamãe esse ovo Shot, antigo Krot, que foi o meu preferido por anos... Muito bom chocolate, né? Gosto muito do Crunch e qualquer outro da Nestlé! A tia Sílvia me deu uma caixa de bombons!!!! Ai, ai... Minha pele que já não é lá muito boa vai estar como amanhã?

sábado, 26 de março de 2005

Sexta Santa em Família

Atendendo aos meus apelos, vencendo a resistência de sair sob chuva, minha mãe cedeu: fomos almoçar fora na Sexta-feira Santa!!! Eu, a progenitora Aurenivea, o mano Thiago e a cunha Michele.
O local escolhido foi o restaurante Viena, no Barra Shopping! A gente costumava comer por lá. Mas depois que crescemos, quase não saímos mais com os pais... Nada como ir comer uma comidinha mais encrementada, né? E ainda por cima era o buffet!!! (A garçonete ficou olhando pra mim meio espantada, só porque eu perguntei se poderia repetir... Fugitivos da Sulacap invadindo a área...). Comemos tanto... E eu, toda animada, coloquei uns carpaccios no prato! Quando sentei, feliz e sorridente, meu irmão alertou: "não pode comer carne hoje!"
Tarde agradável! Muitas risadas... E horas nas Lojas Americanas e Fnac. Gente, fico alucinada na Fnac: um mundo de cd´s, livros e dvd´s... E eu, que já não tem tempo pra nada, fico meio triste por não conseguir ler um décimo do que eu gostaria e ter um milionésimo dos cd´s e dvd´s que existem de Samba e de MPB.
Fiquei feliz ao ver o CD do Sururu nas prateleiras! E discretamente, coloquei-o na frente! Muito boba, né? Comprei o novo da Maria Bethânia cantando Vinícius pra minha mãe. (É sim, pra ela... sem nenhum interesse). Ah! E um do Demônios da Garoa, com "As Mariposa".



sexta-feira, 25 de março de 2005

Visão da Dra Cabrocha sobre as Emergências do Rio de Janeiro

Está sendo muito interessante acompanhar a briga entre o Governo Federal e o Municipal sobre o controle dos hospitais no Rio de Janeiro. Intervenção, discussão de quem é a culpa, liberação de verbas, acampamento militar para atendimento em regime de guerra... Do jeito que a mídia está valorizando, parece que a situação da saúde piorou de repente.

O que tenho percebido, ao longo desses anos de convívio com minha mãe médica e, mais de perto hoje, dentro da faculdade de medicina e nos hospitais por onde ando, é que a situação do acesso à saúde sempre esteve precária. Grande novidade, não é? Então não vou ficar repetindo o que todos já sabem, mas dar a minha visão como trabalhadora da linha de frente, ali no corpo a corpo com a população que procura atendimento na nossa rede pública.

Quando eu ainda era dos períodos mais baixos, sempre ouvi, sem me interessar muito, os debates sobre as questões das Emergências médicas. Acontece que todo acadêmico de Medicina é obrigado a ter em seu currículo 6 meses de atendimento na Emergência. Ora, se somos acadêmicos, temos que ira para um hospital para aprendermos, como estagiários. Certo?

Mas, o que acontece, na maioria dos grandes hospitais, é que os estudantes tornam-se mão-de-obra barata para o Governo. Barata? Não, a maioria é não-remunerada mesmo... Nem a café a gente tem direito. Vivemos em um regime de “exercício ilegal da medicina”, porque, na teoria, a gente não pode atender ninguém. Apenas assistir a um atendimento, acompanhar para aprender. Teoricamente, também, deveriam haver médicos professores a cuidar da gente. E, justamente por nada disso acontecer, é que sempre houve polêmica sobre emergência, principalmente com o pessoal dos períodos mais altos e engajados com o Centro Acadêmico.

O que acontece, no caso específico dos alunos do Fundão, por exemplo, é que não temos um setor de Emergência funcionante no nosso Hospital Clementino Fraga Filho. E ainda assim somos obrigados a “estagiar” 6 meses em hospitais que não estão preparados para receber os acadêmicos, mas trabalhadores que, na verdade, são quem tocam o hospital pra frente.A gente acaba se submetendo, por não ter outro jeito, a situações do tipo ficarmos sozinhos , isto é, sem o médico responsável na sala, atendendo, sem orientação, muitas vezes com o carimbo dele, tomando decisões(!!!) que não nos caberiam.

Sempre são muitos acadêmicos e poucos médicos, ou seja, a população fica na mão (literalmente) de acadêmicos, na maioria das vezes muito inexperientes. E quando tem médico, é um pessoal meio despreparado, que fazem condutas muito questionáveis e acabam nos “ensinando” errado. Por quê? Pois geralmente (mas nem sempre!) quem está a trabalhar no atendimento clínico de um hospital de emergência é o profissional que está aguardando o resultado de um concurso, que faz aquele plantão para aumentar a renda, que não conseguiu nada melhor... Ou seja, está ali de passagem, porque todos nos formamos clínicos e, teoricamente, estamos aptos. Contudo, ainda que alguém queira fazer Clínica Médica, não é o sonho da vida de nenhum médico ser eterno plantonista de um hospital desses. O que já não é observado nos setores de Pediatria e Cirurgia, por exemplo, onde os médicos são, respectivamente, Pediatras e Cirurgiões, por opção. São setores que funcionam.

A demanda dos hospitais é sempre muito grande, porque a população não foi educada para distinguir o que é um atendimento de emergência (politraumas, infarto agudo do miocárdio, AVC, picos de hipertensão arterial, febre alta, crise asmática, vômitos e diarréias, crise renal aguda, intoxicação, cortes que precisam de sutura, corpo estranho no ouvido, nariz ou garganta, etc...) e o que deve ser recebido no ambulatório (sarna, piolho, impetigo, dor de cabeça há um mês, doença sexualmente transmissível, insônia, drenagem de abscesso, verminose, busca de atestado médico, etc...). Tanto que em vésperas de feriado, principalmente com chuva, só aparecem os quadros sérios e o plantão fica tranqüilo.

Já no feriado mesmo, vem todo mundo! Todos que estão de folga e que não podem, nos outros dias, faltar ao trabalho para acordar cedo e ir ao Posto de Saúde próximo de sua casa e tentar pegar um número ou marcar para ser atendido dali a 3 meses. De certa forma,os pacientes não estão errados. Se o sistema, de fato, funcionasse, as filas das emergências não seriam tão grandes... Não teríamos que atender (pode parecer piada, mas aparece) unha encravada – e infectada- às 3h da manhã!

Por isso que soa mesmo como um clima de guerra, levando as forças armadas a intervir! Bonito! Mas até quando a Marinha vai ficar com a tenda armada no Campo de Santana? Sempre vão existir doentes! Sempre vai existir fila! O problema do interior dos hospitais é que tem que ser resolvido: falta de vagas; leitos ocupados com pacientes crônicos e abandonados pela família (e pela equipe de saúde); falta de medicamentos; falta de bons profissionais; falta de profissionais(!!!); falta de exames; falta de bons ambulatórios funcionando... E se você acha que Souza Aguiar e Miguel Couto já não são tão bons, imagine nos hospitais menores, como Rocha Maia e Paulino Werneck... Condições "submédicas"!