"Se tem uma coisa que eu gosto de fazer nesta vida é beijar na boca! Hum... Que delícia! Talvez eu seja ousada em afirmar que é, com certeza, o melhor que um parceiro pode proporcionar. Não que os meus parceiros prévios sejam incompetentes na arte de amar (será?). É uma questão de gosto mesmo... Se se reparar bem, tudo de bom que pode vir depois depende totalmente do quão bons foram os beijos iniciais... Gosto muito de reparar em bocas: textura, espessura, cor. As carnudas e rosinhas são as mais atraentes... Como é bom imaginar o beijo, o sabor, o conhecimento da arte de beijar de uma boca e seu portador...
Dizem, por aí, que não existe beijo bom ou ruim. Que basta saber acompanhar... Na minha singela opinião de beijoqueira nata, porém, não é bem assim: simplesmente há quem não saiba beijar!!! Um absurdo! Não sei onde, como ou com quem aprendi... Instintivamente? Talvez. Não conheço estudos científicos comprovando alguma base genética na arte do beijo. Só sei que já experimentei lábios que sabem muito bem o que estão fazendo (!!!) e, infelizmente, no sentido mais pejorativo, bocas... É, bocas... Assim, sem graça... Que não sabem por que vieram ao mundo...
Utilizando as artimanhas da conquista, nunca nos preocupamos com a forma como o objeto de desejo pode beijar... Claro, né? Uma etapa de cada vez. Primeiro há o interesse, geralmente por algum gatinho... Depois lançam-se os sinais. Segue-se na conquista, na troca, na reciprocidade. Há a aproximação. E então, depois de um breve ou longo papo, dependendo do perfil do casal, acontece o tão esperado, desejado, sonhado e superestimado beijo!
Isso visto na novela é o suficiente! Todo mundo fica respirando fundo, inspirado... Mas, na vida real, é bastante relativo: toda a expectativa e ansiedade podem ser frustrados ao se ter os lábios tocados por um coitado que simplesmente não aprendeu nada sobre os mistérios do ósculo! Em compensação, há os em que não se aposta nada, e que, quando resolvemos fazer a caridade de dar uma chance ao camarada, terminamos totalmente entregues aos encantos daquela boca cheia de sabores e movimentos que mais parecem friamente calculados para nos levar à loucura de tão quente.
E como não falar na língua, que tem participação importantíssima nisso tudo? Uma língua molinha , úmida e quente pode ganhar o mundo!!! Saber utilizá-la de maneira correta e gostosa deveria ser obrigatório por lei! Mas tem muita gente por aí que acha que tem que limpar a úvula do parceiro com aquela consistência dura... Vamos combinar? Língua não foi feita pro outro engolir! É só pra fazer carinho de leve, com a pontinha nos lábios alheios...
Impressionante é a forma do corpo reagir. Quando estamos vivendo intensamente aquele momento, concentrados, apertamos as pálpebras suavemente, abrindo bem devagar logo em seguida, deixando os olhos semi-abertos... A respiração muda, fica ofegante, profunda... Nestes segundos, não se pensa em nada, só se quer sentir! Experimentar sensações das mais variadas. Falar com voz doce e mansa. Desejar nunca mais sair dali. E se estiver bom mesmo, os beijos não ficam restritos aos lábios, e vão percorrendo o rosto, o pescoço, descobrindo pontos fracos... Avançando por onde mais houver o que beijar... Frio na barriga é o que de mais inocente pode acontecer... A vontade de aproximar os corpos, de sentir o calor da pele, de trocar cheiros e fluidos aumenta...
Ah, o beijo..."
MUITOS BEIJOS PARA MEUS LEITORES NO DIA DO BEIJO!
Thais Façanha
3 comentários:
Concordo que um mínimo de técnica o beijo exige, assim como o sexo. Mas as vezes no beijo (assim como no sexo), tem a questão do "encaixe", de "sintonia", sei lá qual a palavra. Mas um primeiro beijo ruim realmente é o fim do início de qualquer coisa...
Inspirada vc, hein...
Aiiii dilícia....
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