Sambista médica ou Médica sambista?

Nesse meu dualismo Medicina x Samba, não consigo encontrar o equilíbrio! Para mim, mais no inconsciente do que no consciente, é um ou outro! Não consigo pensar que vou ser uma boa médica sambista ou uma boa sambista médica. Principalmente porque a Medicina exige muito! E o Samba também. Quase dois caminhos divergentes! Pára pra analisar: todos que um dia tentaram, tiveram que escolher.Quem se torna um grande sambista, deixa a medicina. Quem opta por ser um grande médico, deixa o samba para as horas de lazer ou hobbie, não como meio de subisistência .

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O grande lance seria tentar ser uma médica mais ou menos com uma sambista mais ou menos. Ou seja, o equilíbrio! Mas que coisa difícil! Por quê? Pois o mais ou menos da medicina é muita coisa! E o mais ou menos do samba é muito mais fácil de fazer e de se tornar mais ou mais, por um motivo simples: eu amo o samba, a arte, a cultura brasileira. E não morro de amores pela medicina. O preço da medicina é muito mais elevado e difícil de tirar do bolso... Já pelo samba, sou capaz de gastar todas as minhas economias, e isso sorrindo! Aí é que tá: de onde eu vou tirar dinheiro pra bancar o samba? Da medicina?! Triste constatação...

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Mas não pensem que me entreguei assim tão fácil. Ainda busco outras alternativas. Várias pessoas já me disseram que sou da área de humanas... Ai, comunicação... Ai, publicidade... Ai, produção cultural... Ei, diploma, chega logo para que eu saiba o que fazer com você!

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(Olha, vocês não têm nada a ver com essa minha história... Mereciam textos melhores neste blog! Mas eu não obrigo ninguém a ler! :-))

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Aí, quando ponho na minha cabeça que o melhor mesmo é optar pela medicina, fazendo planos de seguir a Medicina de Família indo morar no interior, deixando de lado o samba, os sambamantes, as rodas, os ensaios na Estácio de Sá, as futuras aulas de percussão, o Carnaval (EFEITO RADICAL DO CONGRESSO), vejo os e-mails dos sambamantes, vou trabalhar como aspirante a produtora do Sururu na Roda, leio e-mails dos Sambamantes, vou à Portela: EFEITO RADICAL DO SAMBA!

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O fato é: NÃO CONSIGO MAIS VIVER SEM SAMBA! O que é facilmente notável com todas as músicas que, impregnadas em mim, cantarolo ao longo do dia, sem sentir. Com as corridas que dou pela casa para ver alguma reportagem na TV sobre samba. Com a associação que todos os amigos fazem: samba=Thais. Com a grande angústia no peito que sinto quando vou a uma loja grande como a Fnac por não ter dinheiro pra comprar todos aqueles cd´s, dvd´s, livros de samba e mpb. Com os Cd´s que ganho de artistas menos conhecidos para que eu dê minha opinião (imaginam?). Com a alegria e responsabilidade de ser presidente dos Sambamantes! Com o compromisso de passar adiante a história do samba. Com a vontade de expandir esta cultura de samba pra quem ainda não conhece, trazendo mais adeptos. Com os sambas que canto para meus pacientes relacionados com suas vidas...

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Thais Façanha, Sambista Médica !