Festival de Crustáceos e João Bosco

Depois de uma tarde em Niterói escolhendo cor de toalha de mesa, arranjo de flores, degustação de salgadinhos e doces, convites, banda e fechando de vez o contrato entre a Comissão de Formatura e a empresa que vai fazer a colação e festa da minha turma, segui para Barra de São João para encontrar os velhos, que me aguardavam ansiosos no ponto da van à beira da Av. Amaral Peixoto! Mesmo com todo o cansaço e com a saúde comprometida por uma tosse e mal-estar provavelmente com origem de uma sinusite viral, juntei os restinhos de força para dar uma conferida no 13º Festival de Crustáceos e Frutos do Mar de Barra de São João. Como comi de tudo e mais um pouco em Nikit, não havia mais estômago pra crustáceo algum... E mesmo João Bosco, que foi quem me motivou de verdade a juntar a fome com a vontade de comer, não conseguiu me empolgar sob aquele vento e frio danados às margens do Rio São João. Fiquei até a metade do show... (Para vocês verem como eu estava. Nunca saio de um show na metade!)

Ele abriu os trabalhos com essa aí de baixo! Muito boa, né? O que você, do outro lado da mesa, como médico, diria a este pobre paciente?

Incompatibilidade de Gênios
(João Bosco & Aldir Blanc)

Dotô,
jogava o Flamengo, eu queria escutar.
Chegou,
mudou de estação, começou a cantar.
Tem mais,
um cisco no olho, ela em vez de assoprar,
sem dó,
falou que por ela eu podia cegar.
Se eu
dou um pulo, um pulinho, um instantinho no bar,
bastou,
durante dez noites me faz jejuar.
Levou
as minhas cuecas prum bruxo rezar.
Coou
meu café na calça pra me segurar.
Se eu to
devendo dinheiro e vêm me cobrar,
dotô,
a peste abre a porta e ainda manda sentar.
Depois,
se eu mudo de emprego que é pra melhorar,
vê só,
convida a mãe dela pra ir morar lá.
Dotô,
se eu peço feijão, ela deixa salgar.
Calor,
mas veste casaco pra me atazanar.
E ontem,
sonhando comigo, mandou eu jogar
no burro
e deu na cabeça a centena e o milhar.
Quero me separar.

A última que ouvi do show foi esta seguinte, que me toca bastante...

Desenho de Giz
(João Bosco & Abel Silva)

Quem quer viver um amor
Mas não quer suas marcas
Qualquer cicatriz
Ah, ilusão, o amor
Não é risco na areia
Desenho de giz

Eu sei que vocês vão dizer
A questão é querer
Desejar, decidir
Aí, diz o meu coração
Que prazer tem bater
Se ela não vai ouvir
Aí minha boca me diz
Que prazer tem sorrir
Se ela não me sorrir também

Quem pode querer ser feliz
Se não for por um bem de amor

Eu sei que vocês vão dizer
A questão é querer
Desejar, decidir
Aí diz o meu coração
Que prazer tem bater
Se ela não vai ouvir
Cantar, mas me digam pra quê
E o que vou sonhar
Só querendo escapar à dor

Quem pode querer ser feliz
Se não for por amor

Só que aí, mexendo no site dele (www.joaobosco.com.br) vejam o que achei e mandei logo para a lista de e-mails da minha turma... Só quem já prescreveu ou levou 1.200.000UI IM de benzentacil reconhece o valor desta música! Muito boa! Vou procurar para ouvir!

Benzetacil
(João Bosco & Francisco Bosco)

Tem dor de dente, dor-de-cotovelo
Tem dor em tudo que é lugar
Dor de barriga, asia, queimação
Tem a dor-de-facão
Mais conhecida por “de veado”
Calo, nó, tostão ou dor muscular
E bico-de-papagaio
Dor de cabeça, sinusite, febre
Cólica, enxaqueca, mas vai melhorar, porque
Pra toda dor existe um bom remédio
Toma, deita, espera, tenta esquecer

Mas na verdade tenho que dizer
Tem uma dor tão vil
Que dói só de pensar
Você não sabe amigo o que é levar
Um Benzetacil naquele lugar
Ai, ai, ai…

Esparadrapo, calminex, gelo
Boldo, sal de frutas, cafuné de mãe, não tem
Nenhum remédio pra essa dor maldita
Vira, abaixa as calça, entrega a Deus e amém

No domingo, só dormi! Almoçamos à beira do Rio. Só então participei mesmo do festival... Com um bobó de camarão! Mas passei mal de noite, depois de um engarrafamento na Niterói -Manilha... Ficamos uns 30 min com o carro totalmente parado, inclusive com motores desligados. Ouvi hoje no rádio que rolou até arrastão.